🎟️ Reconhecimento facial será exigido em estádios grandes a partir de junho; veja como funcionará

Imagem gerada por IA

A partir do dia 14 de junho de 2025, entra em vigor no Brasil uma nova exigência para torcedores que frequentam os maiores estádios do país: será obrigatório o uso de reconhecimento facial para ingresso em arenas com capacidade superior a 20 mil pessoas. A medida, prevista na Lei Geral do Esporte, pretende modernizar o sistema de entrada, reforçar a segurança nas arquibancadas e coibir práticas ilegais, como o cambismo e o uso de ingressos falsificados.

🚨 Segurança reforçada: identificação automática de foragidos e torcedores banidos

A principal motivação por trás da nova norma é o aumento da segurança nos estádios. O sistema de reconhecimento facial será conectado a bancos de dados oficiais, permitindo a identificação instantânea de indivíduos com mandado de prisão em aberto, histórico de violência ou proibição judicial de frequentar eventos esportivos.

Segundo dados de testes realizados em arenas como o Allianz Parque, em São Paulo, a tecnologia já colaborou na prisão de mais de 200 pessoas com pendências judiciais desde sua adoção experimental.

🎟️ Fim do cambismo: ingresso será vinculado à biometria do torcedor

Além da segurança, a nova tecnologia representa um golpe duro contra o mercado paralelo de ingressos. Como o bilhete estará associado ao rosto do comprador, será impossível revendê-lo ou repassá-lo a terceiros, tornando ineficaz a ação de cambistas que lucram com a escassez e a supervalorização das entradas em jogos populares.

A falsificação de ingressos, outro problema recorrente, também será dificultada, já que apenas usuários cadastrados previamente conseguirão liberar o acesso.

📲 Cadastro será feito pelo celular; veja o passo a passo

Para acessar os estádios, os torcedores deverão realizar um cadastro facial digital. O processo será simples e feito por meio do celular:

1. Acesse o site ou app do clube ou estádio;

2. Faça login com seus dados;

3. Tire uma selfie com a câmera frontal;

4. Envie a imagem e aguarde a validação.

No dia do evento, basta se posicionar em frente à catraca. O sistema reconhecerá o rosto do torcedor e liberará a entrada automaticamente, sem a necessidade de apresentar documentos ou QR Code.

💸 Investimento robusto e adesão gradual

A implementação da nova tecnologia representa um alto investimento para os clubes e operadores de estádios. O custo médio de instalação das catracas com leitura facial varia entre R$ 4 milhões e R$ 9 milhões, dependendo da infraestrutura e capacidade de cada local. Estima-se que o valor total necessário para equipar todos os grandes estádios do país ultrapasse R$ 100 milhões.

Empresas especializadas como Bepass e Imply já estão à frente da instalação dos sistemas em diversas capitais brasileiras.

🏟️ Estádios que já utilizam o reconhecimento facial

Alguns dos principais estádios do Brasil já operam com a tecnologia, mesmo antes da obrigatoriedade:

• Maracanã (RJ)

• Allianz Parque (SP)

• Neo Química Arena (SP)

• MorumBIS (SP)

• Arena do Grêmio (RS)

• Fonte Nova (BA)

• Arena das Dunas (RN)

• Nilton Santos (RJ)

• Vila Belmiro (SP)

A expectativa é que, nos próximos meses, todos os estádios com capacidade acima de 20 mil lugares estejam completamente adaptados.

⚖️ Lei Geral do Esporte e o futuro da experiência esportiva

A determinação faz parte da Lei Geral do Esporte, aprovada em 2023 e regulamentada em 2024. A legislação prevê uma série de medidas para garantir a integridade dos eventos esportivos, desde o controle de acesso até a prevenção de atos de violência e vandalismo.

Para especialistas, a biometria facial representa um passo importante na profissionalização do futebol brasileiro, colocando o país no mesmo patamar tecnológico de grandes arenas da Europa e dos Estados Unidos.

📌 Conclusão

Com a adoção obrigatória do reconhecimento facial, o Brasil inaugura uma nova era no acesso aos eventos esportivos. A tecnologia promete não apenas mais segurança, mas também uma experiência mais fluida, rápida e confiável para os torcedores. A inovação, no entanto, exige conscientização e adaptação do público, que deverá se habituar ao novo modelo a partir de junho.